Sempre passo por uma esquina na Lapa em São Paulo, local onde existia uma empresa e que foi demolida para a construção de mais um conjunto de prédios provavelmente e infelizmente.
Para o iniciar a obra construtoras constumam instalar tapumes ao redor do terreno, e este acabou me chamando a atenção, pois apareceram estes grafismos.
Todos os dias eu passava de carro, sempre achava que era um grafite como outro qualquer e nunca tinha reparado nos detalhes. Eis que um dia passo a pé ao lado e a “pintura” me surpreendeu: As linhas que sempre via de longe não haviam sido pintadas e sim costuradas!
Fiquei surpreso com o resultado visual que se pode obter fazendo arte deste gênero com outros materiais. Achei muito interessante.
Abaixo, detalhe os grampos usados para a fixação do cordão:
Sou totalmente a favor de intervenções artísticas e iniciativas como esta, ainda mais numa cidade cinza, num tapume preto como este.
O Blog do autor da obra é o arteimproviso.wordpress.com
Aproveito também para mostrar um grafite que parece misturar surrealismo e cubismo que foi feito a uns 3 anos atrás no muro do fundo de casa.
Quando os artistas bateram em casa para pedir nossa permissão, nós não só permitimos que fosse feito, como adoramos a idéia. Demos até algumas tintas que tínhamos guardado em casa. 🙂
O autor deste grafite acabou não deixando o contato, então se por acaso alguém tiver conhecimento pode deixar aqui nos comentários.
Você sempre documentando tudo, né? Se todos fizessem isso, nossa memória seria aguçada mais vezes. E se não fosse, o ‘documentário’ estaria lá pra futuras consultas. Muitas vezes não percebemos nos nossos arredores como as coisas mudam. E que bacana seria, por exemplo, por um ano fotografar a construção de um prédio (quase) todas as manhãs.
Quanto aos grafites… Olha, acho bacana a ideia de interferir (legalmente) nas paredes da cidade cinzenta, mas não me agrada muito a estética de muitos grafites por aí (lembre-se: não tô discutindo as técnicas dos caras, muitos são extremamente competentes). De qualquer modo é importante que não somente São Paulo, como todas as outras cidades, tenham manifestações artísticas diversas, seja música (e pelamordedeus, dá pra fazer coisas diferentes do que batuques em latas, né?), pintura, escultura etc. Embora não curta o Metrô daqui de São Paulo por ser muito cheio, tenho percebido uma preocupação de manter a galera entretida na hora de maior movimento, com obras digitais, interativas, com projeções, além de pocket shows e apresentações de teatro.
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Fala Roger!
Eu também nunca fui muito fã de grafites, mas o que eu não esperava era essa costura com cordão + grampo.
Também acho que pedir autorização nunca é demais. Nem todos os lugares vão “ornar” com o grafite e nem todos podem gostar do que foi feito em sua propriedade, isso é fato.
Eu particularmente gosto mais dos grafites tipo ilustração como o que foi feito em casa e como o que Os Gêmeos fazem. Aliás, já viu o que os caras fizeram em Lisboa?
Cuidado ao chamar de Graffiti, o que é apenas arte na rua.
Nem pior nem melhor apenas diferente.
ah, e parabéns pelo site… varias coisas legais
Olá Felipe, primeiramente obrigado pela visita aqui no Blog!
Em relação ao conceito do Grafiti, o título do post não nomeia tudo do post de Grafiti, mas destaca também o “algo mais” que foi o que me chamou a atenção depois de conseguir ver de perto, daí o titulo do post ser “Grafiti e ALGO MAIS”, não só Grafiti.
Repare o que eu comentei: “sempre ACHAVA que era um grafite como outro qualquer e nunca tinha reparado nos detalhes”
Quando vc passa de carro e olha uma arte dessas a impressão que dá é que é uma pintura, não linhas costuradas e isso me surpreendeu bastante. Concordo contigo que isso é arte de rua, não um Grafiti.
Chamo de grafite a pintura que foi feita no muro atrás de casa. Aí sim.
Obrigado e volte sempre! 🙂